terça-feira, 26 de junho de 2012

A Pena de Anamão: o refúgio mais popular do Tomás das Quingostas



Segundo Alexandra Cerveira Pinto S. Lima, a Pena de Anamão “poderá ter servido em dado momento de atalaia, a avaliar pelos entalhes na rocha criando um conjunto de pequenos e irregulares degraus que conduzem ao topo. Daí abarca-se uma vasta área em território galego até ao vale do Lima, e os montes sobranceiros ao Lindoso”.
 A Pena de Anamão é uma massa granítica que irrompe abruptamente do solo e segundo Alexandra Cerveiro Pinto S. Lima, constitui referência visual obrigatória.
Neste sítio agreste tinha o salteador Tomás das Quingostas o seu reduto instalado num edifício “misto de construção humana e da natureza, constituído por duas partes ou salas divididas por um muro atravessado por uma porta ou padieira em forma de arco de construção antiquíssima. 
Ainda está na mente dos castrejos uma quadra que Tomás e os seus sequazes cantavam como ordinário de marcha em forma de combate:

«Os pobres não o teem
Os ricos não o dão
Quem quer assentar praça
Vem à fraga de Anamão»”
(Jornal ‘A Neve’, 1921).

Segundo o Sr. Armando Veloso, residente em Castro Laboreiro, a Lapa do Tomás das Quingostas situa-se por detrás da Fraga de Anamão e em frente ao marco fronteiriço n.º 45.


Informações extraídas de:
- Jornal‘A Neve’, n.º 8, Castro Laboreiro, 13 de Janeiro de 1921.
- LIMA, Alexandra Cerveira Pinto - Castro Laboreiro: povoamento e organização de um território serrano, Ed. Parque Nacional da Peneda - Gerês/Câmara Municipal de Melgaço, Braga, 1996.

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